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ÔMEGA 3 NA GESTAÇÃO HUMANA
ÔMEGA 3 NA GESTAÇÃO HUMANA

                                         ÔMEGA 3 E GRAVIDEZ HUMANA

A suplementação de 500 mg de DHA e 150 mg de EPA, com ou sem suplementação de ácido fólico (400 microgramas) a partir da 22ª semana de gestação promove aumento do EPA plasmático materno e do DHA materno e fetal até o parto, o que é considerado protetor para o feto. O trabalho prospectivo que comprovou essa elevação (de Krauss-Etschmann et al., publicado em 2007) foi realizado em três países europeus, envolvendo 220 gestantes.

gestaçãoRecentes evidências científicas suportam o uso de ácidos graxos ômega-3 na prevenção do parto prematuro: certas prostaglandinas normalmente produzidas pelo organismo humano, especialmente PGF2 e PGE 2, são parcialmente responsáveis pela iniciação do trabalho de parto. E altos níveis de metabólitos de ômega-6 e baixos de ômega-3 no sangue da mãe e na placenta são encontrados em casos de parto prematuro. Os pesquisadores perceberam que interferindo no equilíbrio das prostaglandinas no corpo, poderiam prolongar a gestação. A concentração de ácidos graxos ômega-3 na dieta tem efeito comprovado na duração da gravidez. Um trabalho (Olsen et al.) mostrou que a suplementação com cápsulas de óleo de peixe diminuiu em 21% a taxa de partos prematuros (diferença significativa sobre placebo), sendo que também foi observado prolongamento da gravidez com aumento dietético da ingestão de ácido graxo ômega-3. Esse efeito pode ser observado mesmo quando o nutriente é ingerido no último trimestre da gestação, em doses de cerca de 100 mg de DHA por dia.

Os poucos estudos que não conseguiram demonstrar efeitos na duração da gestação, peso ao nascer ou outros fatores após aumento da ingestão de ômega-3 tampouco mostraram efeitos adversos da ingestão. Além disso, a falta de impacto pode ser resultante da falta de aderência. O prolongar da gestação protege o bebê na medida em que permite maior peso ao nascer e diminuição da morbidade e mortalidade relacionadas com a prematuridade.

gestaçãoMães que ingerem alimentos funcionais contendo ômega-3 dão à luz crianças com melhores habilidades cognitivas aos nove meses de idade. Mais: pesquisadores da Universidade de Oslo (Helland et al.) realizaram brilhante estudo em que deram suplementação de óleo de peixe para mais de 300 grávidas a partir da 18ª semana da gestação até três meses após o parto (76 das quais amamentaram no peito até os três meses de idade do bebê). As crianças que nasceram de mães que tomaram o óleo de peixe, e não o óleo de soja, tiveram escores mais altos em testes de inteligência até os quatro anos de idade, quando foram reavaliadas. Os autores concluíram que essa suplementação favorece o desenvolvimento mental, já que o ácido docosahexaenoico e o ácido araquidônico são importantes para o desenvolvimento do sistema nervoso central em mamíferos, pois se acumula em grande quantidade no último trimestre, quando a maior parte das células cerebrais está se formando. O benefício na amamentação foi comprovado por outro trabalho, que mostrou que lactantes com maior ingestão de ácido docosahexaenoico tinham filhos com melhor acuidade visual.

gestaçãoA Associação Brasileira de Nutrologia lançou no final de setembro, durante o XVIII Congresso Brasileiro de Nutrologia, um consenso para padronizar as recomendações em relação ao consumo e à suplementação de DHA durante a gestação, lactação e infância. Os autores, um grupo de especialistas que vêm estudando o impacto de DHA ao longo dos últimos anos, apresentaram estudos e dados relevantes que norteiam a importância da ingestão deste nutriente no dia a dia das gestantes e das crianças.

O DHA (ácido docosahexaenoico) é o principal tipo de ômega-3 e traz benefícios para a saúde ao longo de toda a vida, que vão desde o desenvolvimento das estruturas do cérebro e da retina, a partir da gestação, até a prevenção do declínio cognitivo na fase adulta. Este nutriente pode ser obtido por meio da ingestão de peixes de águas profundas ou até mesmo por meio de suplementos. “Nossa intenção com este consenso, é mostrar a importância do consumo do DHA, que no Brasil, é extremamente baixo. Também queremos reforçar o impacto positivo que este nutriente tem durante todas as fases da vida. ”, esclarece o Prof. Dr. Carlos Alberto Nogueira de Almeida – Coordenador do Consenso e Diretor do Departamento de Nutrologia Pediátrica da ABRAN.

O Consenso apontou os benefícios do consumo de DHA em três diferentes momentos da vida: Gestação, lactação e infância. Para cada uma dessas fases, foram reunidas as mais recentes evidências com a opinião dos médicos, com o objetivo de apoiar a classe médica e de nutricionistas na hora de recomendar o consumo do nutriente. “Há alguns anos, pouco se sabia a respeito dos benefícios dos ômegas-3 para a saúde humana. Desta forma, reunimos as últimas descobertas em um grande material para mostrar aos especialistas o quão importante pode ser o consumo do DHA”, pontua o doutor Prof. Dr. Mario Cicero Falcão – Professor Colaborador da Disciplina de Neonatologia do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP.

gestaçãoDHA e gestação

A dieta materna é extremamente importante para o desenvolvimento cognitivo dos bebês, uma vez que é a única fonte de ácidos graxos, responsáveis pela formação do cérebro e dos olhos. “O acúmulo desta gordura se dá principalmente no último trimestre da gravidez, e, portanto, durante esta fase, as futuras mamães devem ficar ainda mais atentas à alimentação”, relata o Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da ABRAN.

O consumo de DHA neste período é essencial na formação de todas as membranas celulares do sistema nervoso central, ajuda a prolongar gestações de alto risco, aumentar o peso do recém-nascido, comprimento e circunferência da cabeça ao nascimento, além de zelar da acuidade visual, coordenação mãos-olhos, atenção, resolução de problemas e processamento de informações.

Para a ingestão deste nutriente, o consenso recomenda uma suplementação de 200 mg por dia, independentemente se a fonte for por meio de peixes ou os suplementos de DHA. Existe também a preocupação do uso de peixes de maneira criteriosa, uma vez que existem riscos de contaminação com metais pesados, e também a possibilidade dos animais que foram criados em cativeiro apresentarem um baixo teor de DHA.

gestaçãoDHA durante a lactação e nos dois primeiros anos de vida

O cérebro tem seu crescimento extremamente acelerado na vida fetal e também nos primeiros anos de vida. O consenso aponta que existe uma forte correlação entre nutrição adequada e desenvolvimento cognitivo e visual nas crianças. Além disso, revela que o DHA junto com o ácido araquidônico, são os principais componentes lipídicos dos tecidos cerebrais e fundamentais para o desenvolvimento cerebral e visual dos pequenos.

O leite materno por muitos meses é o único alimento que a criança recebe, portanto é importante que haja uma boa suplementação da mãe para que o DHA seja passado para o filho. Para os lactentes menores de seis meses que não recebem o aleitamento materno, é recomendado que as fórmulas infantis prescritas contenham de 0.2 a 0.5% de seu total de lipídios sob a forma de DHA.

gestaçãoDHA na infância e desenvolvimento neurológico

Sabe-se que a fase entre o nascimento e o final do segundo ano de vida é considerada como a principal para o crescimento do cérebro. No entanto, deve-se considerar que muitas áreas continuam se desenvolvendo ao longo da infância ou ainda até o final da adolescência, como é o caso dos lobos frontais.

Os lobos frontais são responsáveis pela capacidade de compreender e analisar situações complexas, além de estabelecer quais as alternativas de decisão, como escolha e implementação das mais adequadas. Os lobos frontais têm alta concentração de ácidos graxos de cadeia longa, em particular o DHA, que é essencial para o desenvolvimento destas regiões. O nutriente contribui com 15% do total de ácidos graxos no córtex frontal humano.

Nesta fase, também é relevante considerar que o DHA é importante para a capacitação e o metabolismo da glicose e alguns de seus metabólitos bioativos protegem tecidos do estresse oxidativo. Além disso, também tem papel em outras áreas como o desenvolvimento ósseo.

 

Quem são os autores/especialistas?

Prof. Dr. Carlos Alberto Nogueira de Almeida – Coordenador do Consenso
Doutor em Pediatria pela USP. Professor Titular da Universidade de Ribeirão Preto. Diretor do Departamento de Nutrologia Pediátrica da ABRAN.

Prof. Dr. Ribas Durval Filho
Doutor pela FAMERP. Professor da FAMECA. Presidente da ABRAN.

Prof. Dr. Mario Cicero Falcão
Doutor em Pediatria pela USP. Professor Colaborador da Disciplina de Neonatologia do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP. Médico Encarregado da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Profa. Dr. Elza Daniel de Mello
Doutora pela UFRGS, Professora Associada da Faculdade de Medicina da UFRGS, Chefe do Serviço de Nutrologia e Coordenadora da Comissão de Suporte Nutricional do HCPA. Membro dos departamentos científicos de Nutrologia da SBP e de Nutrologia Pediátrica da ABRAN.

Prof. Dr. Paulo Henrique Ferreira Bertolucci
Doutor em Neurologia pela UNIFESP. Professor Adjunto Livre Docente de Neurologia da UNIFESP.

https://abran.org.br/para-profissionais/primeiro-consenso-aponta-os-beneficios-do-dha-durante-gestacao-lactacao-e-infancia/

Fontes:

https://abran.org.br/para-profissionais/primeiro-consenso-aponta-os-beneficios-do-dha-durante-gestacao-lactacao-e-infancia/

UNINGÁ - Unidade de Ensino Superior Ingá Ltda.

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A IMPORTÂNCIA DO ÔMEGA 3 PARA A SAÚDE HUMANA: UM ESTUDO DE REVISÃO

Vol.20,n.2,pp.48-54 (Out - Dez 2014).

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